Gestão pública

Livros imperdíveis para quem quer saber mais sobre cidades e urbanismo

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O mundo nunca foi tão urbano, como bem diz a ONU: segundo a organização internacional, até 2050 teremos 68% das pessoas morando em cidades, o que irá representar um aumento de 2,2 bilhões de moradores por todo o globo, requerindo novas ideias e soluções em urbanismo. 

Há quem já ache nossas metrópoles caóticas o suficiente, mas o que não faltam são urbanistas repletos de boas ideias para contornar os problemas e desafios da vida em conjunto. Inspiradores, precisos e feitos até para os mais leigos, seus livros são uma excelente porta de entrada para quem quer saber mais sobre esse assunto apaixonante:

Cidades para pessoas, de Jan Gehl

“Primeiro a vida, então os espaços e depois os edifícios – o contrário nunca funciona”, diz Jan Gehl em seu livro, onde propõe uma cidade acolhedora e voltada para a escala das pessoas. Para isso, defende ruas com calçadas convidativas e movimentadas, espaços públicos compactos e bairros repletos de usos para que seus moradores prefiram andar a pé ou de bicicleta.

Vida e morte das grandes cidades, de Jane Jacobs

Escrito em 1961 pela norte-americana Jane Jacobs, o livro se tornou um clássico instantâneo do urbanismo por defender o direito à cidade e aos espaços públicos. Seu texto envolvente analisa o que torna alguns bairros mais seguros e agradáveis que outros, propondo o fim dos muros e privilegiando edifícios mais integrados com a rua e com o entorno, apelidados pela autora de “olhos para a rua“.

O triunfo da cidade, de Edward Glaeser

Trazendo um vasto panorama de números e análises sobre diferentes períodos e países, o economista urbano Edward Glaeser mostra como o adensamento urbano faz bem para as pessoas, para a cidade e, com certeza, para o planeta. Áreas mais verticalizadas são, em sua visão, dinâmicas e sustentáveis por oferecerem espaços de encontros, garantirem uma gestão mais eficiente dos equipamentos urbanos e levar a menores taxas de poluição.

Cidade caminhável, de Jeff Speck

Nada melhor do que andar a pé, dirá o urbanista norte-americano Jeff Speck. Seu livro defende o protagonismo dos pedestres na mobilidade das cidades, afirmando que o exercício é uma boa pedida para a saúde da população e para a preservação do meio ambiente. Mais ainda, favorece o empreendedorismo local, já que moradores tendem a privilegiar os comércios do próprio bairro e economizar com o transporte.