Arquitetura e Mercado

Escritórios vazios nos EUA elevam risco para bancos com foco em crédito imobiliário

O crescimento da vacância de escritórios comerciais nos Estados Unidos, devido à disseminação do trabalho híbrido, já se reflete no aumento do risco para bancos com mais exposição ao crédito imobiliário.

Muitos investidores contrataram empréstimos para a compra de escritórios quando as taxas de juros estavam baixas e pagavam as prestações com o aluguel recebido.

Agora, a queda do número de inquilinos pode resultar no não pagamento de parte dos financiamentos. Ao mesmo tempo, a redução da demanda leva à na queda dos valores dos imóveis comerciais.

E os juros dos Estados Unidos estão em patamares recordes, o que contribui para encarecer os empréstimos para quem precisa renegociar ou renovar a linha de crédito tomada.

Esse cenário gera temores de repetição, em 2024, das turbulências imobiliárias americanas que resultaram na crise financeira internacional de 2008.

Naquele momento, o problema partiu do mercado residencial dos Estados Unidos, e o efeito em cadeia foi gigantesco em todo o mundo.

Especialistas não esperam que, neste momento, haja o mesmo grau de contaminação de 2008, mas seguem de olho nos desdobramentos, neste ambiente de juros elevados, do aumento da vacância sobre as carteiras de bancos americanos.